sexta-feira, 21 de novembro de 2014

BREVES CONSIDERAÇÕES SOBRE OS DRAGÕES, A MAGIA E O AUTOCONHECIMENTO



BREVES CONSIDERAÇÕES SOBRE OS DRAGÕES, A MAGIA E O AUTOCONHECIMENTO 

Embora existam dragões com o status de “divindade” e sendo perfeitamente possível prestar cultos a eles, esta não é a sua proposta principal. O trabalho com dragões é muito mais voltado para o treinamento mágico do que para aspectos devocionais.

Esta postura da egregora dos dragões é curiosamente evidente já nos primeiros momentos de seu treinamento. Eles não tem preconceitos culturais, linguísticos ou religiosos. Podem atuar e potencializar praticamente qualquer sistema mágico ou mágico-religioso. Estabelecer um bom contato com dragões vai depender muito mais dos valores morais e éticos do individuo que os convoca e de suas intenções e não exatamente sua singularidade cultural/religiosa.

Então o que os dragões estão realmente procurando entre os humanos? Creio que todo estudante da egregora dos dragões deve refletir sobre isso em algum momento.

É unânime entre os estudiosos da egregora dos dragões a ideia de que eles são atraídos por atos mágicos. Dragões são magia e por ela são atraídos. O caminho evolutivo que eles oferecem, e trilham, é principalmente o da magia. Conseqüentemente é um caminho de sabedoria, pois a magia bem trabalhada leva ao conhecimento das profundidades insuspeitas do universo e você está incluído neste pacote.

O sábio Sócrates, orientado por um oráculo que lhe teria dito: “conhece-te a ti mesmo”, usava o diálogo interior e exterior para “parir” as idéias a respeito de temas como a virtude e o amor. Acreditava que nada sabia, e que o verdadeiro saber é o autoconhecimento. Pensadores como Sócrates são fonte de profunda inspiração para o magista serio e apontam para a necessidade urgente de autoconhecimento se você deseja crescer como criatura. Entenda o conceito de autoconhecimento como uma ferramenta de poder muito pratica e não um conceito abstrato e pasteurizado típico de livros de auto-ajuda.

Autoconhecimento prático é simplesmente você ter clareza das suas ações e reações quanto as coisas da vida e graças a essa consciência de si mesmo poder navegar com mais cautela e habilidade no oceano, muitas vezes, traiçoeiro das possibilidades. É ter poder sobre si mesmo, estar consciente de suas escolhas.

O que é realmente importante na sua vida? O que você ama fazer? O que ama comer? O que ama ouvir? O que ama dizer?
Como você reage quando fica desagradavelmente surpreso? Como você se sente em relação a pessoas invasivas? Aliais o que significa ser invasivo para você? O que te agrada em uma pessoa? O que te desagrada? Você se considera alguém injustiçado? Perseguido? Já pensou na possibilidade de estar fazendo drama? Já pensou na possibilidade de estar errado? Você acredita que sua idade mental condiz com sua idade cronológica? Você é uma pessoa intolerante com o que? Qual é teu desejo mais infantil e mesquinho? Ele te atrapalha? Você tem vergonha dele?

As possibilidades são infinitas, estude a si mesmo, não tenha medo de descobrir o quão irracional você pode ser. Mesmo que você não tenha respostas satisfatórias as suas indagações pessoais o exercício de perguntar já é um ganho. Você está afiando sua autocrítica.

Thiago Paladino

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