quinta-feira, 1 de outubro de 2015

O CAMINHO DO GUERREIRO - A Essência das Espadas.



Muitos desejam o portar de uma espada em seu caminho mágico. Ao iniciar nossa jornada mística, já vislumbramos o momento em que obteremos nossa maioridade e para então trocarmos nosso athame, punhal ou boline por uma espada vibrante e vistosa aos olhos. Esse é o desejo de muitos. Mas a responsabilidade e maturação para conseguir portar uma espada de forma digna não está ao alcance de muitos iniciados.

Ter uma espada é muito simples e fácil, começamos por nossa vontade, ou melhor, vontade do “Ego” de ter aquele majestoso item, logo se junta um valor X e então a busca do item dos sonhos começa. Adquirido por uma loja virtual ou em uma loja física. Consagra-se em algum rito, banha-se em óleo dos mais variados aromas e pronto, nasce um cavaleiro pronto para trazer a justiça com sua arma. Mas não, a jornada não é simples assim. Ter e saber usar uma espada são fatores completamente diferentes.

Pode parecer irônico, mais aqueles que portam uma espada, fazem todo o possível para que não seja necessário usá-la. A quantidade de poder e energia que uma espada canaliza e defere em um rito equivale a cem athames usados em sincronia em um único proposito. A ação feita com uma espada é cobrada pelo universo ao portador da arma de forma quase que instantânea. Isso devido à simbologia que essa arma traz. 

A espada é um símbolo da nobreza em todas as civilizações, sendo usada sempre por nobres (barões, reis, sultões, senhores feudais) essa arma sempre denotou poder e controle, sendo responsável pelo respeito da massa. No Japão feudal, apenas os samurais e seus senhores (Daimios) podiam portar uma espada de lâmina (Katana). Isso fazia com que fossem reconhecidos como mais alta autonomia no Japão, permitindo matar qualquer um que ferisse sua honra, sem prestar satisfação de seus atos. A honra de um Samurai está acima de todas as coisas. 

Uma espada bem usada se torna a extensão de seu corpo e só deve ser retirada se sua bainha, caso uma batalha seja inevitável. Pois os danos jamais serão reparados. A alma do guerreiro vibra junto com sua espada, permitindo que o alcance de seus atos sejam mais longo, atingindo planos e reinos acima e abaixo de nós. Prova disso, a autora D.J.Conway cita em seu livro Dancing With Dragons, que para se trabalhar com Dragon Magick, além de alguns anos de estudos e prática de caminho mágico independente do caminho, o iniciado deve portar um pentagrama para servir de portal e uma espada para servir de chave.

Dragões são seres de outras dimensões que habitam a milhões de anos nosso planeta, se misturaram com a fauna local e fizeram parte da nossa mitologia em diversos continentes. Acompanharam a evolução, crescimento, queda e destruição de impérios e grandes imperadores e em todas essas batalhas, as espadas estavam presente, trazendo glória e tristezas. 
Sem uma espada devidamente consagrada e o símbolo cármico de diversas iniciações espirituais, Dragões, Mestres Ascensos, Elementais e seres de esferas superiores e inferiores não respondem ao iniciado. O controle e integridade sempre são apresentados ao invocado na presença da lâmina do portador. 

Podemos ver essa relação de espada e poder ao longo de diversas series animadas, filme e romances clássicos. Gandalf usa sua espada apenas para denotar seu poder e invocar selos e uma magia mais elevada contra o Balrog. Aragorn é reconhecido como verdadeiro herdeiro da Terra Média, quando empunha a espada reconstruída dos seus antepassados. Lion tem o reconhecimento da sua responsabilidade e maturidade quando porta a espada justiceira e consegue controlar a essência do olho de thundera, se tornando assim líder do Thundercats. Exemplos são inúmeros, basta observar de forma menos amadora e mais esotérica.

A espada carrega o espirito do seu portador, quando essa espada se quebra ou é corrompida da sua vibração natural de alguma forma, a essência do seu usuário sofre grandes danos ao longo da jornada. O simples fato de adquirir outra espada não responde as necessidades espirituais. Uma parte do guerreiro foi perdida ou desfragmentada, cabe a ele se restaurar de forma integra e continuar a sua jornada, sem uma nova espada. Quando seu espírito estiver integro novamente e seus valores foram assumidos de coração, uma nova espada é guiada pelo universo, com a permissão de seus mentores espirituais e não por simples luxuria.

Campbell no seu livro O Herói de Mil Faces, relata que toda grande jornada que é iniciada pelo mago ou pelo aprendiz se finaliza com a aquisição da espada no momento que temos o retorno ao lar. O garoto que saiu para a sua jornada de transformação e maturidade, retorna para casa com sucesso ao conquistar sua maturidade e o símbolo de sua mudança e evolução. Sua Espada. 

Com amor, sabedoria e pureza, empunhe sua arma para o bem comum e não para o seu próprio bem. Existem diferenças e nuances nas linhas do universo que não conhecemos e não sabemos dominar, mais com o empunhar de uma espada, conseguimos esbarrar levemente nesse imenso universo.

Fiquem na Paz de seus atos.
Janus – O Guardião.

2 comentários:

  1. Ótimo Texto! Espero que continue com suas postagens maravilhosas :D o que mais vemos por ai são blogs que conforme o tempo passa vão diminuindo as postagens até chegar uma hora em que param por completo, independente de ter 2, 3 ou 200 leitores, sempre tem alguém querendo aprender um pouquinho mais sobre essa força tão poderosa que é a magia. Paz e Luz

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    1. muito bem colocado o ego rum grande inimigo do iniciado preciso sempre estar atento eu tenho 3 espadas umavd3lad uso com orei bushido pAta cura com

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